sábado, 26 de novembro de 2016


A soberania nacional das riquezas naturais

Alunos: Shirley Costa
Fernanda Kennia
Maiane Leal
Larissa Martins
Deise Santos
Ingrid Evaristo[1]


Resumo: Este artigo tem como função dissertar sobre o papel da União em relação as riquezas naturais, expondo a importância dos recursos naturais, através de temas como privatização e biopiratarismo.

Palavras-chave: Soberania nacional, privatização, privatização do Brasil e biopiratarismo.

Abstract: This article has as function to dissertar on the paper of the Union in relation the natural wealth, displaying the importance of the natural resources, through subjects as privatization and biopiratarismo.

Introdução

A natureza como todos sabemos não foi e nem é depende do Homem para manter o seu ciclo, o que não é o caso humano, já que é extremamente dependente dos recursos oferecidos por ela. Mas como cada país tem suas riquezas e recursos, cabe então a União ter responsabilidade por esses “produtos” que a natureza oferece.  O ouro, urânio e as pedras preciosas são um dos recursos naturais. Urânio é um dos recursos bem explorados por sua grande riqueza em produção de energia, contudo o mais importante é a água, algo que não é esgotável, porém nem sempre consumível. Riquezas naturais podem ser definidas por elementos da natureza que servem ao homem constante mente em civilização, podem ser renováveis como a água e demais elementos que podem ser reutilizados, ou não-renováveis que duram por um terminado período ou não existe a capacidade de reutilização, além de que tanto o sol como o vento não riquezas inesgotáveis.

Riquezas naturais de um país

A soberania sobre as riquezas naturais é o poder que a nação tem de administrar suas riquezas naturais, que são bens que estão à disposição dos seres humanos para que eles sejam usados para sua sobrevivência e conforto. Como: vegetação, o ar, solo, relevo, agricultura, animais, recursos hídricos, recursos minerais; o que vai determinar se seus recursos naturais sejam transformados em fonte de economia é a forma que é dirigido e preservado

As riquezas naturais do país são pertencentes à União (República Federativa do Brasil), que é estipulado por lei. No Art. 20 da constituição federal que diz:
“Os bens da União são: IX- os recursos minerais, inclusive o subsolo. Parágrafo 1º nos termos da lei de direito a participação da União no resultado da exploração do petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração. (Constituição Federal, s.d.)

Ou seja, todo material natural no território brasileiro é pertencente governo brasileiro, onde se caso venha a ser explorado por outro país, deve pagar por isso, claro que dentro da lei. Para que a exploração das riquezas naturais seja sustentável, deve ser tomado medidas de proteção, uma explorarão de forma adequada, que possa propiciar rendimentos importantes. Os valores pagos pela exploração são destinados a setores como educação, saúde e outros.

Em grande maioria a nação não sabe administrar suas riquezas naturais, dão importância a riquezas diretas, e assim destruindo seus patrimônios. As pessoas podem usar seus recursos para oferecer satisfação estética, recreacional, espiritual, e também receber lucros por isso. A degradação da natureza humana desvaloriza as riquezas, onde se tem total soberania sobre sua economia. Esse poder deve ser administrado de forma correta, obedecendo as leis que rege seu território, não só pensando em retorno econômico rápido, sem ganância excessiva.

Biopirataria

Biopirataria é o nome dado ao ato da exploração, utilização e retirada ilegal de materiais genéticos, espécies de seres vivos e outros, de um determinado país para outro. Esse ato é representado principalmente pela exportação ilegal para o exterior. No Brasil, a biopirataria ocorreu quando teve uma forte exploração do Pau-Brasil, no início do período de descobrimento. O Brasil por possuir uma grande variedade, é um constante objetivo da biopirataria.

A biopirataria no Brasil, é uma atividade que existe a mais de 500 anos atrás, quando os portugueses extraíram mais de 70 bilhões de árvores do mesmo padrão, onde foram derrubadas e exportadas para fora do país, indo em direção a Europa. Essa ação ilegal ocasionou um grave impacto a espécie do Pau-Brasil, que atualmente é protegida para não sofrer a extinção.

Existem normas internacionais que foram criadas para permitirem que pesquisadores tivessem posse temporária sobre suas descobertas feitas através de outros países, desde que esses países de origem recebessem parte dos lucros obtidos, mas acontecem inúmeros casos de que os países de origem não recebiam nada. Qualquer país no mundo que possua recursos naturais que tenham capacidades de serem comercializados, e com poucos indícios de regulamentação, são alvos da biopirataria.

O Brasil é o país que recebe o tema de maior biodiversidade do planeta, e que há um potencial muito grande e que ainda não foi explorado. E também é um dos países que mais sofre com a biopirataria. Segundo estimativas provam que o Brasil perde mais de 5 milhões de dólares com o tráfico de animais, de plantas de uma determinada região, e com conhecimentos de comunidades tradicionais. A exploração na Amazônia onde o homem usa a sua corrupção, onde se passa por um simples turista, quando sua real intenção é roubar os recursos que a vasta floresta pode oferecer, em suas pesquisas, nas quais fabricam desde cosméticos a remédios de extrema importância. Informações essa que são de direito do país de origem.

Privatização de riquezas naturais

A privatização é definida pela venda de empresas e/ou instituições públicas, para o setor privado, normalmente ocorre através de leilões. O processo de privatização pode ser considerado – em alguns casos – fundamental para processos de serviço público, como: distribuição de água, energia e outros serviços. Além de serem administrados pelo estado, podem interferir na previdência social. As críticas sobre esse assunto alegam que o processo de privatização não tem nenhum objetivo social, e tem como o objetivo o lucro e enriquecimento pessoal.

 Existem vários modos de privatização, quando se vende ou licencia-se uma cota de exploração de determinado recurso de um país. No princípio da década de 90, houve a venda do controle de mais de 100 empresas, diminuindo a participação do estado na economia e tornando os serviços mais eficientes e baratos. Assim, vários serviços públicos passaram para o setor privado.

Uma das principais necessidades da criação do processo de privatização foi a fim dos monopólios estatais, que existem a partir do momento em que apenas certa entidade pode fornecer um serviço ou bem, considerados contrários ao bom atendimento das procuras sociais. Quanto maior é a competitividade, melhor é o resultado no atendimento, assim o nível de concorrência passa a ser o indicador da eficiência no serviço.

O processo de privatização foi resultado das reformas de mudanças sociais implantadas pelo estado, iniciadas no governo de Fernando Collor e aprofundados no governo de Fernando Henrique Cardoso. Estes governos acreditaram que os serviços públicos teriam que estar nas mãos do mercado e não no poder estatal. A privação de serviços públicos trouxe vários benefícios em setores econômicos do país, especialmente para a área da telefonia. 

Foram criadas agências reguladoras com a intenção de regular a relação entre Poder executivo, serviços concessionados e os consumidores, normalizar e fiscalizar os diversos setores, buscando estabelecer o equilíbrio entre esses três agentes sociais. O estado passou de concentração regulatória operacional para uma concentração regulatória normativa. Passou a comandar o fornecimento de serviços públicos.

Casos de privatizações negativas foram as que ocorreram em Cochabamba na Bolívia nos anos 2000. Após privatizarem o sistema municipal de gestão de água, a empresa Águas del tunari – filial de uma empresa norte americana – dobraram o valor das tarifas pela água. Isso gerou uma série de protestos, que foram respondidos agressivamente pelo governo – após diversos conflitos o estado cedeu à pressão do povo, e anulou o contrato que privatizava as águas, restituindo o controle das Águas a cidade.

No Brasil durante o governo de Getúlio Vargas, tem-se a necessidade de criar empresas estatais, que pudessem substituir as importações de matérias, e atuar nos campos siderúrgicos e de mineração. Nasce em tão a companhia Vale do Rio Doce e a Companhia Siderúrgica Nacional entre 1941 e 1942. Empresas nas quais eram de extrema importância econômica para o pais, contudo obtiveram sua privatização em 1997, evento que gerou diversos processos no país, onde alguns afirmas que tais privatizações fizeram com que o Brasil perdesse incalculáveis bens, não só materiais, mas também de soberania e crescimento.

Mas será que a privatização era realmente necessária? Tem quem afirma que esse processo tenha agido como um “programa de otimização” alegando que o pais deveria ficar mais rápido de conduzir. Contudo a crítica sobre a privatização defende que essas empresas estatais foram vendidas a preços de “banana” – principalmente durante o governo do FHC – e que a privatização não traria/traz nenhuma “otimização”, e sim a perda do patrimônio público brasileiro aos estrangeiros, onde o estado não pode abrir mão da participação em setores da economia que são de interesse público, sob o risco de privar a população carente de receber recursos básicos para uma vida digna.

Atualmente uma das maiores discussões a respeito de privatização é sobre a Petrobras. Os primeiros índices do petróleo no Brasil foram no final do século XIX. Nesse período o petróleo tornou-se uma das maiores riquezas naturais indispensáveis para o crescimento e desenvolvimento do país. Os primeiros vestígios do petróleo em Bofete (SP) não tiveram sucesso pois, só jorrou água sulfurosa, mas as buscas pelo minério não acabaram e teve sucesso em 1939, quando foi descoberto o primeiro poço de petróleo no município de Laboto em Salvador (BA). As descobertas desse petróleo surgiram interesses estrangeiros, e isso gerou uma disputa entre posições e empresas interessados na exploração petrolífera. De um lado os que defendiam a expulsão dos estrangeiros na exploração do petróleo, e do outro que apoiavam a participação da capital estrangeira. Uma campanha nacionalista foi lançada em 1946 pelo escritor Lobato que foi criada em defesa da soberania brasileira sobre os recursos naturais, com a frase "O petróleo é nosso". Após sete anos na era do período do governo de Getúlio Vargas foi criada a Petrobras com o intuito de monopolizar a exploração de petróleo Brasileiro. Entretanto as dúvidas a respeito da privatização dessa grande empresa são crescentes, se caso venha acontecer seria a preço de “banana” como a s tantas outras? Com o atual governo o que podemos esperar?
Outras dúvidas que assolam a cabeça dos brasileiros é a privatização do Aquífero Guarani, – a maior reserva natural que agua doce do mundo – Com o projeto de privatizações do Presidente Michel Temer, em nome do crescimento nacional, foi cogitado a possibilidade de isso acontecer, contudo durante a lista de bens públicos a serem privatizados o nome do aquífero não fora citado, existe também o empasse do aquífero estender-se para mais dois países além do Brasil.

Água ou ouro?

E correto possuir a consciência que a água é um bem público, e deveria possuir uso livre e consciente por parte de todos. Contudo a crescente rede capitalista insiste em controlar tudo e a todos, por tanto a água não seria um bem diferente. Grandes multinacionais como Nestle, Coca-Cola, Danone e outras grandes empresas tem interesse direto com esse bem natural – principalmente o Aquífero Guarani – Um bem de consumo de grande importância econômica, atrai para si grandes riscos, interesse na privatização de lotes terrestres com abundância de água doce, não é por acaso essa grande riqueza faz com que empresas tem interesse em sua comercialização e uso em grandes redes de hotéis e Resorts. O atual presidente da Nestle afirma que: ‘’É preciso privatizar a água para que haja consciência de se seu uso” termo um tanto quanto controverso, já que a Nestle usa de milhões de litros de água anualmente para produção de seus alimentos. Será que é realmente necessário a privatização para conscientização?

O correto deveria ser a preservação, o grande interesse sobre a água acaba por prejudica-la, um bem no qual não podemos nos dar o luxo de ficar, deveria ser vista como um bem, patrimônio e não como uma mina de ouro onde pode usa-la como e quando quiser para seus lucros.

Conclusão

As riquezas de um país são pertencentes a ela, então, por que vender para terceiros algo benéfico para a nação? Oportunistas que exploram e contribuem para uma corrupção cada vez mais ativa no mundo graças ao mau uso do termo “globalização”, e alimentam o capitalismo em sua pior formação, explorando ilegalmente de riquezas de países como o Brasil e vendendo a ela seus produtos engarrafados. As previsões para o futuro podem não ser tão boas quanto imaginamos, até mesmo para os “ poderosos”, já que não teremos como usufruir com pagar e nem usufruir por direitos que são essenciais para um ser humano.




REFERENCIAS:




[1] Alunos do 3º c-v: Shirley costa, Fernanda Kennia, Maiane Leal, Ingrid Evaristo, Larissa Martins e Deise Santos com intuito de promover o trabalho da 4º unidade do Colégio Estadual Professor Edilson Souto Frere


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