sábado, 3 de dezembro de 2016

LEITURA NA SOCIEDADE 


Este trabalho foi desenvolvido pela turma 3cv do Colégio Estadual Professor Edilson Souto Freire. 
Este pequeno livro tem o objetivo demostra de modo claro, nítido e sintético o papel da leitura na Sociedade, bem como.
O desenvolvimento deste excelente trabalho foi acompanhado e supervisionado pela excelentíssima professora de sociologia Maria José.

A segui um arquivo em pdf da Leitura na Sociedade:
 

sábado, 26 de novembro de 2016


A soberania nacional das riquezas naturais

Alunos: Shirley Costa
Fernanda Kennia
Maiane Leal
Larissa Martins
Deise Santos
Ingrid Evaristo[1]


Resumo: Este artigo tem como função dissertar sobre o papel da União em relação as riquezas naturais, expondo a importância dos recursos naturais, através de temas como privatização e biopiratarismo.

Palavras-chave: Soberania nacional, privatização, privatização do Brasil e biopiratarismo.

Abstract: This article has as function to dissertar on the paper of the Union in relation the natural wealth, displaying the importance of the natural resources, through subjects as privatization and biopiratarismo.

Introdução

A natureza como todos sabemos não foi e nem é depende do Homem para manter o seu ciclo, o que não é o caso humano, já que é extremamente dependente dos recursos oferecidos por ela. Mas como cada país tem suas riquezas e recursos, cabe então a União ter responsabilidade por esses “produtos” que a natureza oferece.  O ouro, urânio e as pedras preciosas são um dos recursos naturais. Urânio é um dos recursos bem explorados por sua grande riqueza em produção de energia, contudo o mais importante é a água, algo que não é esgotável, porém nem sempre consumível. Riquezas naturais podem ser definidas por elementos da natureza que servem ao homem constante mente em civilização, podem ser renováveis como a água e demais elementos que podem ser reutilizados, ou não-renováveis que duram por um terminado período ou não existe a capacidade de reutilização, além de que tanto o sol como o vento não riquezas inesgotáveis.

Riquezas naturais de um país

A soberania sobre as riquezas naturais é o poder que a nação tem de administrar suas riquezas naturais, que são bens que estão à disposição dos seres humanos para que eles sejam usados para sua sobrevivência e conforto. Como: vegetação, o ar, solo, relevo, agricultura, animais, recursos hídricos, recursos minerais; o que vai determinar se seus recursos naturais sejam transformados em fonte de economia é a forma que é dirigido e preservado

As riquezas naturais do país são pertencentes à União (República Federativa do Brasil), que é estipulado por lei. No Art. 20 da constituição federal que diz:
“Os bens da União são: IX- os recursos minerais, inclusive o subsolo. Parágrafo 1º nos termos da lei de direito a participação da União no resultado da exploração do petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração. (Constituição Federal, s.d.)

Ou seja, todo material natural no território brasileiro é pertencente governo brasileiro, onde se caso venha a ser explorado por outro país, deve pagar por isso, claro que dentro da lei. Para que a exploração das riquezas naturais seja sustentável, deve ser tomado medidas de proteção, uma explorarão de forma adequada, que possa propiciar rendimentos importantes. Os valores pagos pela exploração são destinados a setores como educação, saúde e outros.

Em grande maioria a nação não sabe administrar suas riquezas naturais, dão importância a riquezas diretas, e assim destruindo seus patrimônios. As pessoas podem usar seus recursos para oferecer satisfação estética, recreacional, espiritual, e também receber lucros por isso. A degradação da natureza humana desvaloriza as riquezas, onde se tem total soberania sobre sua economia. Esse poder deve ser administrado de forma correta, obedecendo as leis que rege seu território, não só pensando em retorno econômico rápido, sem ganância excessiva.

Biopirataria

Biopirataria é o nome dado ao ato da exploração, utilização e retirada ilegal de materiais genéticos, espécies de seres vivos e outros, de um determinado país para outro. Esse ato é representado principalmente pela exportação ilegal para o exterior. No Brasil, a biopirataria ocorreu quando teve uma forte exploração do Pau-Brasil, no início do período de descobrimento. O Brasil por possuir uma grande variedade, é um constante objetivo da biopirataria.

A biopirataria no Brasil, é uma atividade que existe a mais de 500 anos atrás, quando os portugueses extraíram mais de 70 bilhões de árvores do mesmo padrão, onde foram derrubadas e exportadas para fora do país, indo em direção a Europa. Essa ação ilegal ocasionou um grave impacto a espécie do Pau-Brasil, que atualmente é protegida para não sofrer a extinção.

Existem normas internacionais que foram criadas para permitirem que pesquisadores tivessem posse temporária sobre suas descobertas feitas através de outros países, desde que esses países de origem recebessem parte dos lucros obtidos, mas acontecem inúmeros casos de que os países de origem não recebiam nada. Qualquer país no mundo que possua recursos naturais que tenham capacidades de serem comercializados, e com poucos indícios de regulamentação, são alvos da biopirataria.

O Brasil é o país que recebe o tema de maior biodiversidade do planeta, e que há um potencial muito grande e que ainda não foi explorado. E também é um dos países que mais sofre com a biopirataria. Segundo estimativas provam que o Brasil perde mais de 5 milhões de dólares com o tráfico de animais, de plantas de uma determinada região, e com conhecimentos de comunidades tradicionais. A exploração na Amazônia onde o homem usa a sua corrupção, onde se passa por um simples turista, quando sua real intenção é roubar os recursos que a vasta floresta pode oferecer, em suas pesquisas, nas quais fabricam desde cosméticos a remédios de extrema importância. Informações essa que são de direito do país de origem.

Privatização de riquezas naturais

A privatização é definida pela venda de empresas e/ou instituições públicas, para o setor privado, normalmente ocorre através de leilões. O processo de privatização pode ser considerado – em alguns casos – fundamental para processos de serviço público, como: distribuição de água, energia e outros serviços. Além de serem administrados pelo estado, podem interferir na previdência social. As críticas sobre esse assunto alegam que o processo de privatização não tem nenhum objetivo social, e tem como o objetivo o lucro e enriquecimento pessoal.

 Existem vários modos de privatização, quando se vende ou licencia-se uma cota de exploração de determinado recurso de um país. No princípio da década de 90, houve a venda do controle de mais de 100 empresas, diminuindo a participação do estado na economia e tornando os serviços mais eficientes e baratos. Assim, vários serviços públicos passaram para o setor privado.

Uma das principais necessidades da criação do processo de privatização foi a fim dos monopólios estatais, que existem a partir do momento em que apenas certa entidade pode fornecer um serviço ou bem, considerados contrários ao bom atendimento das procuras sociais. Quanto maior é a competitividade, melhor é o resultado no atendimento, assim o nível de concorrência passa a ser o indicador da eficiência no serviço.

O processo de privatização foi resultado das reformas de mudanças sociais implantadas pelo estado, iniciadas no governo de Fernando Collor e aprofundados no governo de Fernando Henrique Cardoso. Estes governos acreditaram que os serviços públicos teriam que estar nas mãos do mercado e não no poder estatal. A privação de serviços públicos trouxe vários benefícios em setores econômicos do país, especialmente para a área da telefonia. 

Foram criadas agências reguladoras com a intenção de regular a relação entre Poder executivo, serviços concessionados e os consumidores, normalizar e fiscalizar os diversos setores, buscando estabelecer o equilíbrio entre esses três agentes sociais. O estado passou de concentração regulatória operacional para uma concentração regulatória normativa. Passou a comandar o fornecimento de serviços públicos.

Casos de privatizações negativas foram as que ocorreram em Cochabamba na Bolívia nos anos 2000. Após privatizarem o sistema municipal de gestão de água, a empresa Águas del tunari – filial de uma empresa norte americana – dobraram o valor das tarifas pela água. Isso gerou uma série de protestos, que foram respondidos agressivamente pelo governo – após diversos conflitos o estado cedeu à pressão do povo, e anulou o contrato que privatizava as águas, restituindo o controle das Águas a cidade.

No Brasil durante o governo de Getúlio Vargas, tem-se a necessidade de criar empresas estatais, que pudessem substituir as importações de matérias, e atuar nos campos siderúrgicos e de mineração. Nasce em tão a companhia Vale do Rio Doce e a Companhia Siderúrgica Nacional entre 1941 e 1942. Empresas nas quais eram de extrema importância econômica para o pais, contudo obtiveram sua privatização em 1997, evento que gerou diversos processos no país, onde alguns afirmas que tais privatizações fizeram com que o Brasil perdesse incalculáveis bens, não só materiais, mas também de soberania e crescimento.

Mas será que a privatização era realmente necessária? Tem quem afirma que esse processo tenha agido como um “programa de otimização” alegando que o pais deveria ficar mais rápido de conduzir. Contudo a crítica sobre a privatização defende que essas empresas estatais foram vendidas a preços de “banana” – principalmente durante o governo do FHC – e que a privatização não traria/traz nenhuma “otimização”, e sim a perda do patrimônio público brasileiro aos estrangeiros, onde o estado não pode abrir mão da participação em setores da economia que são de interesse público, sob o risco de privar a população carente de receber recursos básicos para uma vida digna.

Atualmente uma das maiores discussões a respeito de privatização é sobre a Petrobras. Os primeiros índices do petróleo no Brasil foram no final do século XIX. Nesse período o petróleo tornou-se uma das maiores riquezas naturais indispensáveis para o crescimento e desenvolvimento do país. Os primeiros vestígios do petróleo em Bofete (SP) não tiveram sucesso pois, só jorrou água sulfurosa, mas as buscas pelo minério não acabaram e teve sucesso em 1939, quando foi descoberto o primeiro poço de petróleo no município de Laboto em Salvador (BA). As descobertas desse petróleo surgiram interesses estrangeiros, e isso gerou uma disputa entre posições e empresas interessados na exploração petrolífera. De um lado os que defendiam a expulsão dos estrangeiros na exploração do petróleo, e do outro que apoiavam a participação da capital estrangeira. Uma campanha nacionalista foi lançada em 1946 pelo escritor Lobato que foi criada em defesa da soberania brasileira sobre os recursos naturais, com a frase "O petróleo é nosso". Após sete anos na era do período do governo de Getúlio Vargas foi criada a Petrobras com o intuito de monopolizar a exploração de petróleo Brasileiro. Entretanto as dúvidas a respeito da privatização dessa grande empresa são crescentes, se caso venha acontecer seria a preço de “banana” como a s tantas outras? Com o atual governo o que podemos esperar?
Outras dúvidas que assolam a cabeça dos brasileiros é a privatização do Aquífero Guarani, – a maior reserva natural que agua doce do mundo – Com o projeto de privatizações do Presidente Michel Temer, em nome do crescimento nacional, foi cogitado a possibilidade de isso acontecer, contudo durante a lista de bens públicos a serem privatizados o nome do aquífero não fora citado, existe também o empasse do aquífero estender-se para mais dois países além do Brasil.

Água ou ouro?

E correto possuir a consciência que a água é um bem público, e deveria possuir uso livre e consciente por parte de todos. Contudo a crescente rede capitalista insiste em controlar tudo e a todos, por tanto a água não seria um bem diferente. Grandes multinacionais como Nestle, Coca-Cola, Danone e outras grandes empresas tem interesse direto com esse bem natural – principalmente o Aquífero Guarani – Um bem de consumo de grande importância econômica, atrai para si grandes riscos, interesse na privatização de lotes terrestres com abundância de água doce, não é por acaso essa grande riqueza faz com que empresas tem interesse em sua comercialização e uso em grandes redes de hotéis e Resorts. O atual presidente da Nestle afirma que: ‘’É preciso privatizar a água para que haja consciência de se seu uso” termo um tanto quanto controverso, já que a Nestle usa de milhões de litros de água anualmente para produção de seus alimentos. Será que é realmente necessário a privatização para conscientização?

O correto deveria ser a preservação, o grande interesse sobre a água acaba por prejudica-la, um bem no qual não podemos nos dar o luxo de ficar, deveria ser vista como um bem, patrimônio e não como uma mina de ouro onde pode usa-la como e quando quiser para seus lucros.

Conclusão

As riquezas de um país são pertencentes a ela, então, por que vender para terceiros algo benéfico para a nação? Oportunistas que exploram e contribuem para uma corrupção cada vez mais ativa no mundo graças ao mau uso do termo “globalização”, e alimentam o capitalismo em sua pior formação, explorando ilegalmente de riquezas de países como o Brasil e vendendo a ela seus produtos engarrafados. As previsões para o futuro podem não ser tão boas quanto imaginamos, até mesmo para os “ poderosos”, já que não teremos como usufruir com pagar e nem usufruir por direitos que são essenciais para um ser humano.




REFERENCIAS:




[1] Alunos do 3º c-v: Shirley costa, Fernanda Kennia, Maiane Leal, Ingrid Evaristo, Larissa Martins e Deise Santos com intuito de promover o trabalho da 4º unidade do Colégio Estadual Professor Edilson Souto Frere


ASCENSÃO DO CONSERVADORISMO

ASCENSÃO DO CONSERVADORISMO


Breno Mascarenhas
Emerson Leite da silva
Giovanna Santos
João Lucas Alves dos Santos
Kelvis da Silva e Silva
Rafael Gonçalves Dias[*]



RESUMO: Este artigo tem como objetivo expor a ascensão de ideias conservadoras na atual sociedade, bem como, demostrar suas causas fazendo um balanço histórico do conservadorismo. Toda via, o perfil de um conservador será esquematizado e analisado. Por fim, irá ser exposto como o conservadorismo tem influenciado o mundo em especial o Estados Unidos com o caso Trump e os discursos de ódio para com as minorias no Brasil.


PALAVRA-CHAVE: Conservadorismo. Discursos de ódio.


ABSTRACT: This article aims to expose the rise of conservative ideas in today's society, as well as demonstrate their causes by making a historical balance of conservatism. In any case, the profile of a conservative will be outlined and analyzed. Finally, it will be exposed how conservatism has influenced the world in particular the United States with the Trump affair and the discourses of hatred toward minorities in Brazil.


INTRODUÇÃO

Este trabalhos consiste em um logo processo de pesquisas, tendo como objetivo demostra as causas e os efeitos do conservadorismo na sociedade. Bem como, de modo ensaísta expor os fatos históricos do pensamento conservador, logo, estaremos aptos a desvendar o porquê de estar havendo a retomada de conceitos e ideias retrógadas.

Você se considera um conservador? Muitas pessoas dirão que não, mas o conservadorismo está em cada um de nós, uma vez que, a parti do momento que não aceitamos uma mudança, estamos nutrindo um ideal conservador. Como a própria etimologia da palavra descrever, conservadorismo vem do verbo conservar. Logo, o conservadorismo faz parte do íntimo de cada ser humano.

Contudo, por que muitas vezes as ideias conservadoras mantenha-se reprimidas na sociedade, sendo poucos a se declara conservador? Isto é simples, todo ser humano é diferente, isto é, eles diferem-se em ideologia, dogmas, apontamentos, etc., toda via, o conservadorismo não agrada cem por cento de uma sociedade.

 Mas, por que em tempos de crise o conservadorismo dita a máxima na sociedade? O que são os conservadores? O conservadorismo é uma ideologia? Quais o tido de conservadorismo e como eles afeta o modo de pensar    de uma sociedade? Esta e outra questões será respondia ao logo deste artigo.


1.     CONSERVADORISMO O QUE É, ONDE SURGIU

O conservadorismo não é algo novo, ultimamente tem-se ouvido falar deste “adjetivo” se é que pode se chamar adjetivo, devido ao acesso mais fácil a informação, que por coincidência sempre esteve “concentrado” nas mãos da elite que é, e sempre foi conservadora.

Conservadorismo vem do latim “conservātor”, conservador é aquele que guarda, mantem ou preserva várias características sociológico, político, ideológico ditas conservadoras. Um conservador é um indivíduo que se opõe a uma mudança incisiva, uma mudança brusca, e o mesmo lança mão de todos os recursos possíveis para resguardar, proteger e impedir tal mudança.

Há dois tipos de conservadorismo segundo Roger Scruton[1], que foram claramente definidos no livro “como ser um conservador”, o autor afirma existir dois tipos de conservadorismo sendo: o metafisico que viria a ser a defesa de “padrões”, tradições de cunho religioso, algo mais voltado para o sagrado, o segundo seria o empírico que segundo a definição do autor viria a ser o combate a reformas, mudanças de um segmento mais ligado a “realidade física” como também o repudio aos ideias iluministas.

O conservadorismo surgiu na França, quando a mesma passava por um momento revolucionário final do século XVIII, no Reino Unido eis que surge uma linha de pensamento que se opõe as ideias utópicas disseminadas pelos revolucionários, e o percussor desse pensamento foi o cientista político irlandês Edmund Burke[2], Burke via a revolução como um como um “caminho mais curto e por outro lado preguiçoso” de se levar um corpo social ao aperfeiçoamento, Burke dizia que esse aperfeiçoamento tem de ocorrer naturalmente, sem necessidade de destruir tudo o que foi construído durante anos. 


1.2 BALANÇO HISTÓRICO DO CONSEVADORISMO NA SOCIEDADE OCIDENTAL

Para entendermos o porquê de estar havendo o levante, isto é, ascensão do conservadorismo, precisamos compreender os fatos históricos que levaram a este cenário. Como já fora citado o termo conservadorismo surgira na França após revolução francesa e se consolidou na Inglaterra, onde houve a criação do primeiro partido.
Mas por que antes deste fato histórico não tinha havido uma ascensão do ideal conservador? Bem, isto é simples, antes de qualquer mudança radical, a mudança na sociedade ocorre de modo lento e cauteloso, ou seja, como manda as normas conservadora, logo a sociedade sempre fora conservadora.   

O perfil de um conservador sempre foi o da classe dominante, isto é, “branco, religioso, favorável ao capitalismo e a exploração da classe operaria. No campo social, defende políticas de defesa da família, opõe-se ao casamento entre homossexuais ou ao abortos”, assim afirma a site bgalois[3].

Na história o maior retrocesso conservador ocorreu após as crises econômicas de 1929, onde os eventos traumáticos do século XX, impulsionaram a ascensão de ideias conservadoras políticas e de ódio na Europa com a solução para a enfermidades da época.

Logo, este foi um período fértil para externar estas ideias, pois em um crise de um sistema deixado a esmo, o que há de pior manifesta-se no ser humano, isto acontecer porque as outra medidas ditas “evolutivas” falharam em certo ponto. Assim sendo, em última análise o ser humano adquire conceitos “conservadores” para a solução.

Um exemplo notório de ascensão de um discurso de ódio conservador é o de Adolf Hitler, onde vendo a nação alemã em crise utilizou de ideais conservadores para chegar ao poder. Lá estando o mesmo fez de suas ideias a ideias do povo alemão.

Contudo, como o passar dos anos, o ideal conservador voltou-se mais para o campo político-ideológico de liberdade individuais, onde, declara-se conservador tornara-se sinônimo de pessoa “careta” e adverso ao progresso.
Já que o conservadorismo passara a ser reprimido principalmente pelos movimentos democráticos da década de 80, por que está havendo está retomada do mesmo na sociedade atual?

2. CONSERVADORISMO NO CENÁRIO INTERNACIONAL

O mundo está vivendo uma das piores crises que já aconteceu nas últimas décadas e, é “pegando carona” neste problema que os conservadores tem retornado ao poder, quer dizer vem tomando espaço, ganhando popularidade entre a sociedade global, porque não se restringir a um país apenas, até porque a crise é mundial, logo a retomada conservadora também é “global”.

Afim de melhor compreender a situação será citado apenas os países mais importantes, que tem maior pertinência em relação ao assunto. A Iniciar pela França, antes é bom ressaltar sobre a crise relativa ao terrorismo, mais especificamente aos atentados de 2015, que por alguns colunistas formou dúvida, questionamento... enfim, fez com que os franceses clamassem por soluções mais eficazes, medidas mais efetivas, contra esse quadro vivido em toda Europa.

A imigração na França tem preocupado os republicanos e seu representante, François Hollande, logo, a extrema-direita representada pela Frente Nacional que é presidida por Marine Le Pen tem ganhado muito com isso. O mesmo tem aproveitado bem este momento com o discurso carregado de xenofobia e nacionalismo, que tem agradado os eleitores franceses, vale lembrar que em 1995 a Frente Nacional já havia proposto expulsar mais de 3 milhões de imigrantes que não eram europeus[4].

 Hoje, a França apresentou uma taxa de desemprego de 10, 3% no começo de 2015, a visão dos franceses em relação aos imigrantes tem se tornado bastante dura, são vistos como ameaças. Isto tem impulsionado o discurso de ódio para com os imigrantes na França.

A FN tem se posicionado de forma anti-islamista o partido sugestiona traz o argumento de que os islamistas querem implantar a sharia na França, traduzida vem a ser “caminho”, mas que é interpretada como o conjunto de leis da fé islâmica. Em uma conferência realizada na Riviera Francesa, os participantes tinham como um dos argumentos que é tanto anti-islã quanto anti-imigrantista o seguinte, para melhor entender segue a hipotética situação: um determinado imigrante é recebido pela França, ele se emprega, vive uma vida normal, mas supondo que este indivíduo hipotético seja adepto de alguma corrente religiosa fundamentalista os adeptos a Frente Nacional dizem que o hipotético indivíduo “pega em armas para agredir a quem o recebeu e acolheu de braços abertos”.

Republicanos direitistas
   
Falando agora sobre o avanço conservador nos Estados Unidos, mas, antes de dar início a discussão e analise do movimento direitista americano segue uma breve discrição de quem são os seus representantes.

A direita está representada pelo Partido Republicano junto com seu maior rival político o Partido Democrata ambos representam os maiores partidos políticos do pais em meio a mais de 70 credenciados a participar das eleições, o aspecto ou ideologia política é baseada em maior parte no conservadorismo, o partido Republicano é dividido em algumas visões conservadoras um pouco diferentes entre si, sendo as mais pertinentes ao momento atual a visão social e a visão libertaria. A seguir uma breve descrição.

Conservador social é uma parte do partido em que tanto representantes quanto os eleitores compartilham de uma visão mais voltada para as tradições e costumes da sociedade entre esses costumes pode-se citar o repudio ao aborto, a legalização das drogas e o quadro do casamento gay.

Os libertários, têm uma visão desgostosa em relação gerenciamento dos gastos do governo assim como os conservadores fiscais que apresentam uma visão semelhante neste campo, é bom citar o caso do “Obamacare” que é um tipo de oferecimento de planos de saúde e que é visto como um duro golpe na economia dos EUA, para se ter ideia o valor oferecido pelo plano era de aproximadamente 90 a 95 dólares que foi reformado por Barack Obama passando a ofertar aproximadamente 695 dólares, na “ponta da caneta” esse valor é de mais de um bilhão de dólares.

Não pode deixar de citar o movimento “Tea Party” que é um grupo que está em uma jornada pelas estradas americanas disseminando, ou melhor dizendo, “queimando” ainda  a imagem do presidente Obama, que está com a popularidade em baixa, os adeptos do Tea Party podem ser caracterizados como “ultradireitistas”, a princípio eram contra o plano governamental para tentar salvar, ou ao menos, amortecer a crise de 2008 que perdura por quase 8 anos, assim como os libertários os integrantes do Tea são contra o “Obamacare”, segundo a revista Época os mesmos também propõem a saída dos EUA das nações unidas.[5]

2.1 A QUESTÃO TRUMP

Donald John Trump, é um bilionário que trabalha no ramo imobiliário dono de dezenas de resorts, hotéis, casinos em todo o mundo, uma celebridade da TV, e também dono de uma personalidade forte, sem medo de falar o que vem à mente. Um legitimo conservador é agora presidente dos EUA, a princípio não parecia ser um favorito a concorrer com a democrata Hilary Clinton. O que mais chama atenção é o discurso do mesmo, tido como fator que retardaria a sua popularidade, estranhamente tem aconteceu o contrário o discurso de Trump parece estar agradando aos eleitores americanos principalmente os direitistas.

Analisando o discurso de Donald Trump é muito fácil a qualquer um notar um leve “toque” de populismo, o mesmo tem se utilizado dos anseios da nação americana, em um de seus discursos ele disse: “Estou com vocês, lutarei por vocês e ganharei por vocês.” Neste casos vemos como utiliza as palavras para aproximar-se do povo ou pelo menos dar uma certa impressão de proximidade.

Antes de prosseguir é bom não esquecer que Trump é um republicano, pode-se definir as ideias do mesmo como um condensado de ideias, uma vez que, dentro do partido são vistas sobre visões diferentes como já foi falado.

Trump também é polêmico quando se refere aos mexicanos e a Imigração, mais um de suas frases gerou muita repercussão pelo mundo:
 "Quando o México manda seu povo aos Estados Unidos, eles mandam pessoas que têm um monte de problemas e trazem estes problemas para nós. Eles trazem as drogas, trazem o crime, são estupradores. E alguns deles, eu confesso, são boas pessoas. Eu iria construir um muro. E ninguém mais entraria ilegalmente. Eu faria o México pagar por isso." -Donald Trump.

O teor de xenofobia nesta frase já é grande, chegando a ser bastante pesado para os “ouvidos de algumas pessoas”, não é bem uma questão de quem são, mas segundo Donald pelo “que eles fazem”, “roubar” empregos. O que também chama atenção é o muro que promete construir na fronteira com o México é forma como Trump pretende barrar a imigração mexicana.

Para concluir, a linguagem que Trump tem utilizou tocou no subconsciente dos ouvintes conservadores, ou até mesmo, não conservadores, mas que preservam a imagem da família tradicional, veem no republicano a imagem de um “pai de todos”, um “pai severo”. Segundo Madison Margolin escritor do site Motherboard.[6]

Em uma análise da linguística do candidato também foi visto a capacidade alterar as ideias que o ouvinte tem sobre o fato ou alguém até sobre si próprio, o mesmo utiliza da repetição afim de fixar ou frisar uma ideia, um problema ou um fato, segue um exemplo: “o povo quer crescer, o povo precisa crescer, nós vamos fazer o povo crescer”.       

3. ASCENSÃO DO CONSERVADORISMO NO BRASIL

A sociedade brasileiro sempre foi conservadora, pois se fizemos uma análise histórica veremos que: “no Brasil uma rica tradição conservadora ajudou a construir o país e a definir os rumos da nação dois séculos atrás”. Assim afirma Bruno Garschagen, escritor da revista Gazeta do Povo.

Bem, o conservadorismo nas terra tupiniquins ganhou força a partir da metade do século XIX, logo as visões políticas da época, tinham como direções os fundamentos de países como Inglaterra e Estados Unidos, mas os conservadores deste período buscaram moldar tais concepções e transforma-las em concepções conservadoras altamente brasileiras. Os conservadores do século XIX tinham como fundamento a política de “adaptar o antigo ao novo, sem destruir o antigo, nem negar o novo”, dessa forma eles conseguiram desenvolver várias atividades políticas da época, que geraram mudanças sociais no Brasil, como por exemplo, a abolição da escravatura.

E embora o pensamento conservador seja resistente a mudanças revolucionarias, havia abolicionistas e escravocratas que seguiam o conservadorismo político do século XIX. A conexão do conservadorismo com o tempo é um fator agravante para a compreensão dos avanços e conflitos políticos, os conservadores buscavam moldar a reformar política de uma maneira mais conivente aos seus dogmas. O pensamento conservador foi o ponto de partida para o surgimento das posições políticas que buscam a defesa e manutenção da ordem social, que tinham como grande influência a herança portuguesa e o catolicismo.

Atualmente, o conservadorismo brasileiro apresenta um cenário desorganizado, com a mistura de vertentes como o liberalismo econômico e o moralismo religioso, uma força que pode ser observada através da bancada religiosa na câmara, este novo conservadorismo é muitas vezes comparado e confundido com “a nova direita”.

Após a crise econômica de 2008, ideias ultraconservadoras começaram a ditar o cenário político do Brasil. Segundo a redação do pragmatismo:
Há apenas dez anos, comentaristas conservadores como Olavo de Carvalho ainda eram figuras folclóricas e encaradas com deboche no jornalismo brasileiro. Nos últimos anos, porém, os meios de comunicação de massa incorporaram tantos conservadores que eles passaram a dar o tom geral do jornalismo de opinião.[7]

Logo, podemos perceber claramente que, sem dúvida a crise está associada a este levante conservador que está correndo no Brasil.

No campo político do atual cenário brasileiro, quem vem tendo maior destaque como um político é o conservador e de extrema direita é: Jair Messias Bolsonaro, o mesmo com discursos simples e de ódio para com as memórias tem despertado o ódio de brasileiros que até então encontrava-se reprimido, pois os avanços progressistas tinha inibido estas ideias.

Portanto, a ascensão de Bolsonaro pode ser explicada pela “síndrome do idiota confiante”, pois segundo Russel, “A maior parte de nós faz generalizações sobre temas que não conhecemos nem de longe. Trocamos o conhecimento por uma opinião rasa que passa a ser o real para nós”[8]. Ou seja, a ascensão deste político, isto é, Jair Bolsonaro já ocorre pela ignorância e desconhecimento geral da população.

CONCLUSÃO:

No decorrer deste artigo, conseguimos analisar e sintetizar toda a ciência que existe por trás do conservadorismo.
E justamente com essa análise, podemos de certa forma explicar diversos acontecimentos como o caso da França e dos EUA, a eleição de Donald Trump, a eclosão de regimes totalitários em época de conflitos ideológicos, sociais e políticos, o conservadorismo no Brasil e principalmente o discurso de ódio para com as memórias da sociedade, dentre outros que já aconteceram e até mesmo casos que irão acontecer.
Infelizmente a palavra conservadorismo já está estigmatizada a ponto de que seja sinônimo de ideias Retrógradas, e que seja sempre associada a uma oposição a uma ideia relacionada ao progresso.
Contudo, o ideal conservador precisa ainda ser discutido no geral pois não envolve não só um ser, mas todo os seres humanos, cada um com sua diferença, com sua crença, com seu ideal.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:

Castro, Bruno de. Público.pt. 31 de dezembro de 2003. https://www.publico.pt/espaco-publico/jornal/os-beneficios-do-conservadorismo-209594.

Fornazieri, Aldo. “ggn.com.” GGN. 23 de Março de 2015. http://jornalggn.com.br/noticia/a-natureza-da-crise-e-a-ascensao-do-conservadorismo-por-aldo-fornazieri.

MÍDIAS, OUTRAS. Outras Mídias. 20 de janeiro de 2015. http://outraspalavras.net/outrasmidias/destaque-outras-midias/franca-o-perigoso-programa-da-extrema-direita/.

Monteiro, Lilian. “Em.com.” 03 de março de 2016. http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2016/04/03/interna_politica,749732/estudos-mostram-que-brasileiro-teria-em-sua-maioria-perfil-conservador.shtml.

Ozaí, Antonio. “spacoacademico.com.” Espaço Academico . junho de 2015. http://www.espacoacademico.com.br/049/49pol.htm.

pregmatismo, Editora do. “Pragmatismo.com.” Pragmatismo. 2015. http://www.pragmatismopolitico.com.br/2015/04/a-ascensao-do-conservadorismo-no-brasil.html.

Trigo, Luciano. “Globo.com.” 06 de setembro de 2015. http://g1.globo.com/pop-arte/blog/maquina-de-escrever/post/em-livro-provocador-roger-scruton-explica-ideias-conservadoras.html.





[*] Estudantes do 3º ano turma cv, do CEPESF.
Artigo apresentado às disciplina de história e geografia para obtenção de conhecimento e fomentação da produção textual. Sob orientação dos professores Wagner Aragão Teles e Yuri Oliveira. Dias D`Ávila, 2016.





[1] Roger Scrutson, filósofo e cientista político inglês Roger Scruton.

[2]Edmund Burke, foi um político, filósofo, teórico político e orador irlandês[1], membro do parlamento londrino pelo Partido Whig. Mais informações disponível em> https://pt.wikipedia.org/wiki/Edmund_Burke.

[3] Mais informações disponível em> https://2bgalois.wordpress.com/conservadorismo/.

[4] Mais informações sobre a xenofobia da partido francês Frente Nacional disponível em> http://outraspalavras.net/outrasmidias/destaque-outras-midias/franca-o-perigoso-programa-da-extrema-direita/.  

[5] Este fato pode ser esclarecido com maior detelhe em>
(http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI179729-15227,00.html), e obviamente também são contra outras tantas causas sociais como o casamento homoafetivo.

[6] Mais informações disponível em>  [ http://motherboard.vice.com/pt_br/read/a-linguistica-explica-o-sucesso-de-trump ]

[7]Mais informações sobre a ascensão conservadora disponível em> http://www.pragmatismopolitico.com.br/2015/04/a-ascensao-do-conservadorismo-no-brasil.html

[8] Informação retirada do site: http://www.gazetadopovo.com.br/

Ascensão do conservadorismo pdf


Ascensão do Conservadorismo- Vídeo.







sexta-feira, 25 de novembro de 2016

O Posicionamento Político da Mídia (PDF)

O POSICIONAMENTO POLÍTICO DA MÍDIA

Equipe1



RESUMO: Esse artigo tem como objetivo discutir questões sobre a mídia, aprendendo antes de tudo o que é, traçar um paralelo entre a mídia e os fatos na história do Brasil e do mundo analisando historicamente e descobrir qual a verdadeira influência da mídia sobre a sociedade atual


ABSTRACT: This article aims to discuss issues about the media, learning first and foremost, to draw a parallel between the media and the facts in the history of Brazil and the world by analyzing historically and discovering the true influence of the media on the current society.


PALAVRAS-CHAVE: Mídia; Monopólio; Imparcialidade; DIP



INTRODUÇÃO: Para entrar em assuntos como o posicionamento político da grande mídia, primeiro vamos estudar: O que é mídia? Mídia significa media, ou seja meio, no sistema de comunicação temos o interlocutor, o receptor e entre eles temos a mensagem, veiculada através do que chamamos de mídia. De acordo com o Aurélio, mídia é: Todo o suporte de difusão de informação rádio, televisão, imprensa, publicação na Internet, videograma ou satélite de telecomunicação; Conjunto dos meios de comunicação social. Ou seja, é o conjunto de meios de comunicação que são usados para veicular as informações, de forma geral. Pode-se afirmar que a história da mídia começa com o primeiro jornal datado de 59 a.C. de Roma, promovido por Júlio César para informar a população dos feitos e acontecimentos da época. O rádio também foi uma das descobertas mais marcantes na história da mídia, as primeiras transmissões são datadas da década de 1890 e foi graças à essa grande descoberta que muitas táticas de guerra foram desenvolvidas e obtiveram sucesso.

1. A Mídia no Brasil

A chegada da imprensa no Brasil foi junto à da Coroa Portuguesa em 1808. A chamada Impressão Régia nasceu por decreto do príncipe D. João VI. O primeiro jornal impresso foi Gazeta do Rio de Janeiro criado ainda em 1808. A história da revista brasileira teve seu início com a primeira revista não oficial, criada na Bahia, A Idade d’Ouro do Brasil, que como foi criada em período monárquico, sua linha editorial defendia o absolutismo. Tanto a Idade d’Ouro do Brasil quanto as primeiras revistas em geral, não eram ilustradas e se assemelhavam à livros, mas em 1865 com a Guerra do Paraguai se teve o surgimento a fotorreportagem, através do semanário de Henrique Fleuiss, Semana Illustrada, quando alguns oficiais coligados foram ao front da guerra e enviavam informações e fotos. Henrique foi também o criador das chamadas charges, contudo só a Revista Illustrada, de Angelo Agostini utilizou bastante o recurso, sendo inclusive, o primeiro à fazer críticas ao sistema monárquico através de charges de D. Pedro II. Observe essa charge de 1887.2


















A partir disso, se teve a inserção das ilustrações em revistas e jornais.
Atualmente a revista brasileira uma tem suas maiores representantes sendo a revista Veja, que já chegou à vender 800 mil exemplares por semana. A Época, da Globo, concorrente direta da Veja da editora Abril Cultural e a Isto É, que foi fundada por um ex funcionário da Veja. O marketing das revistas atuais funciona da seguinte forma: deve-se convencer o leitor de que a leitura de x revista é algo vital para ele e o fazendo acreditar na veracidade das notícias ali citadas de forma à convencer de que ele precisa da revista, e não o contrário. Em exemplo o slogan da própria revista Veja:







Dessa forma, se estabelece uma forma de manipulação do leitor, através de uma mensagem implícita de que a revista seja algo realmente indispensável e fundamental.

A presença do rádio no Brasil é marcada a partir da década de 1920, a Rede Bandeirantes foi pioneira no desenvolvimento do radiojornalismo e era chamada Rádio Educadora de Campinas. O rádio, durante décadas, foi o principal veículo de informação e influência. Em 1939 foi criado o DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) pelo ex-presidente Getúlio Vargas e foi usado como forma de conseguir a simpatia da população, endeusamento de sua imagem e a aderência do povo aos seus ideais. Havia um programa de rádio chamado Hora do Brasil que servia para notificar à população os feitos e realizações do governo. As propagandas getulistas exaltavam sua imagem como grande “salvador da Pátria”. Lembrando que essa é uma das principais características de regimes conservadores, a manipulação da mídia foi uma estratégia usada por muitos ditadores, incluindo Hitler (Alemanha), Stalin (URSS) e Mussolini (Itália). O DIP era ligado diretamente à presidência da República e censurava meios de comunicação como teatro, cinema e jornais que apresentassem ideias contrárias ao sistema. Já a história da TV é datada da década de 50 à 60, coincidentemente a mesma década da ditadura militar, em 1964, as primeiras redes de televisão foram a Tv Tupi, Tv Paulista, Tv Record e assim sucessivamente, tecendo a história da atual Tv brasileira. É importante salientar que durante toda a história do país, os grandes acontecimentos tiveram participação direta da mídia, em exemplo, tanto a ascensão quanto a queda de Getúlio Vargas, Golpe de 1964, Impeachment de Collor, Impeachment de Dilma, todos eventos, sem exceção tiveram participação da mídia, influenciando a população, sendo para o bem ou para o mal.


2.0 A Grande Mídia

Chamamos de grande mídia o conjunto de meios de comunicação de mais eficiência em relação às massas, sobretudo a Televisão, que exerce exclusiva influência sobre a opinião de toda a população, ainda que de forma inconsciente, seguida por revistas e rádio, sem esquecer que todos foram censurados em 1968. A função da grande mídia deveria ser informar com transparência ao seu telespectador informações sobre o país e o mundo e sobre os mais variados temas de forma objetiva e cristalina, “Uma das premissas básicas do jornalismo é deixar claro para o receptor o que é opinião e o que é informação”3 contudo o que se pode observar é uma subjetividade, de forma a impor ideais de interesse próprio de forma invasiva, manipulando e apunhalando o cidadão que não tem capacidade de distinguir entre o que é arquitetado e o que é verdade. No Brasil, temos um grave quadro de hegemonia da mídia. Traçando um paralelo entre a Organização Globo e o tamanho das principais TVs norte americanas, pode-se observar uma diferença que foge à lógica. A Record, que é sua concorrente mais próxima, detém apenas 13% de audiência, e ainda assim o canal norte americano mais popular, a CBS, detém apenas 12% em horário nobre. Uma matéria da Economist revela,

Não menos que 91 milhões de pessoas, pouco menos da metade da população, passa pelo canal durante o dia: o tipo de audiência que, nos EUA, acontece apenas uma vez ao ano, e apenas para o canal que ganha o direito, naquele ano, de exibir o Super Bowl, o jogo dos campeões do futebol americano.

Ou seja, temos praticamente a configuração de um quadro de monopólio político e ideológico. Em O Quarto Poder, Afonso de Albuquerque traça um paralelo entre o jornalismo brasileiro e o americano, e expõe a imprensa como um quarto poder, como o moderador da época da monarquia, exercido pelo imperador com a função de equilibrar os outros três poderes. O governismo e o oposicionismo transparecem a atuação da imprensa na política, levando em exemplo também o papel da mídia na transição da ditadura para a Nova República com a atuação da Folha de São Paulo em 1984 na campanha Diretas já, assim como também a Rede Globo interviu decisivamente no processo que determinou quem deveria ser o sucessor de Tancredo Neves. Uma vez que Tancredo ainda não havia tomado posse, pairava uma dúvida sobre quem deveria assumir a Presidência: o vice-presidente eleito José Sarney ou Ulysses Guimarães, o presidente da Câmara dos Deputados e primeiro na ordem constitucional de sucessão. A Globo convocou inúmeros especialistas em direito constitucional para apoiar a tese da vice-presidência, e colaborou decisivamente para a formação de um consenso em torno do nome de Sarney. (Guimarães e Amaral, 1988).

2.1 O Posicionamento Político da Mídia

Tudo isso aponta para a mesma questão, “A mídia chega à interferir politicamente nas decisões do país?”, sim e diretamente, já foi discutido sobre a imparcialidade da mídia, chegando-se à conclusão de que é impossível que a mídia seja completamente imparcial, e levando ainda em consideração o fato da influência da grande mídia sobre a população, conclui-se que a opinião política é influenciada em suma pelas informações da mídia, ou seja, o posicionamento político da Grande Mídia é o posicionamento das grandes massas, de forma que possibilita que a classe dominante manipule as mentes sobre muitos temas sobretudo opinião política, que é a base de praticamente tudo que temos e foi através dela que conquistamos muitas coisas, dessa forma temos a classe do topo da pirâmide social dominando sobre a vida do cidadão sem que ele ao menos perceba.

2.2 A Pequena Mídia

Em contrapartida, nos últimos tempos houve uma ascendência muito forte de formas de mídia que vão de encontro à opinião da Grande Mídia manipuladora, que foi a internet, que já tem grande força em todo mundo e é uma das grandes responsáveis também pelo processo de globalização, através das redes sociais, onde não se depende mais exclusivamente da televisão ou do rádio para que se ouça a voz de muitos. Redes como Blogs, Twitter e Facebook tem servido para difundir ideias e fatos que são omitidos pela Grande Mídia, em exemplo nós temos a atual situação do Brasil. Parando para analisar os processos políticos que o país vem sofrendo, sobretudo desde 2014 quando o país foi sede da copa do mundo, se teve uma paralisação do país. Posteriormente, tivemos a explosão de muitos escândalos de corrupção, sendo o pior deles o da Petrobrás, à qual a mídia insistia em dizer que tinha “quebrado”, e também em incriminar a então presidente Dilma Roussef. Foram também investigados muitos processos em relação ao ex-presidente Lula. Tudo isso culminando em uma revolta de um peso tamanho que levou à destituição de Dilma Roussef da presidência da república, sob alegação de crime de irresponsabilidade e a acusação de pedaladas fiscais. Após a posse do atual presidente Michel Temer, que era o vice, a Grande Mídia promoveu inúmeras formas de exaltação de sua imagem, através de programas de grande audiência, como o programa de Rede Globo, Fantástico, em horário nobre tivemos uma entrevista com o presidente da república, onde ele aparentemente respondia perguntas e executava toda uma cena para ascensão de sua imagem. Da mesma forma, tempos depois tivemos a presença dele também no programa Roda Viva com exatamente a mesma intenção.
Além de a Globo ser a promovente direta do golpe do Impeachment, outras emissoras de Tv também se empenharam no papel de ocultar tudo o que o país ainda está passando (não percebeu que “acabou a corrupção após a entrada de Temer” ?), de forma a encobrir e apoiar reformas absurdas feitas pelo atual governo, como a reforma do ensino médio. O apresentador do Programa do Ratinho discursou explicitamente, também em horário nobre, em intervalos de quadros do seu programa, à favor da reforma na educação com frases como “Para que estudar história ou filosofia? Para se formar profissionais é preciso estudar Português e Matemática unicamente.”. A Rede Bandeirantes de comunicação escapa, mas não totalmente da responsabilidade, de forma que é a rede que mais denuncia os escândalos ainda existentes, mas ainda assim é algo complicado de se discutir pois também é concorrente da Globo, além do mais, foi mais uma no escancaramento dos movimentos Fora Dilma, e ocultamento de movimentos de mesma dimensão como o Fora Temer. Dessa forma, o que restou aos brasileiros foi utilizar a internet, não só para questões políticas como as já citadas, mas também para questões sociais, como racismo, homofobia e preconceito de gênero. Dessa forma, informações e promoções de movimentos sociais são difundidas por redes sociais, tanto como informa sobre decisões políticas tomadas pelas costas dos cidadãos, como cortes absurdos de projetos sociais e aumento dos salários, que foram de vereadores, prefeitos até senadores, presidente e do judiciário, assim a população também promoveu movimentos para reverter essa situação em várias cidades, obtendo até sucesso em alguns casos, como em Camaçari-BA.
Ainda acima de tudo isso, a pequena mídia também pode ser caracterizada pelas produções audiovisuais independentes. Como disse o geógrafo Milton Santos: “Hoje em dia com uma pequena aparelhagem eletrônica também se faz opinião”, ou seja, hoje em dia as pessoas podem, com simples câmeras adentrar locais e realidades às quais a Grande Mídia não foi ou não quis ir, logo, é possível que se escancare ao mundo opiniões e pontos de vista diferentes referentes a muitos assuntos, por isso a pequena mídia tem desempenhado um papel totalmente importante no combate à manipulação da opinião da sociedade.


REFERÊNCIAS:

S

BIBLIOGRAFIA

O Quarto Poder, Afonso de Albuquerque.
Ideologia e Mídia, Aluizio Alves Filho
Pequena Imprensa e Poder, Marcelo Cheche Galves (UEMA) - Mestre em História pela UNESP/Assis – SP
Ética, Imprensa e Poder, Djenane de Oliveira Pimentel
História das Revistas Brasileiras, MOURA, Ranielle Leal (Mestre em Comunicação)
1David Bueno, Camile Bueno, Carolayne Gouveia, Raymara Ayalla e Felipe Nascimento
2Revista Illustrada – Anno 12 n° 430, 1887
3Oliveira, D. UFJF 2. sem. 2002